
Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que mulher odeia mulher.
Não
me venham dizer que "aahh, não é bem assim", "eu amo as minhas amigas",
"morra, sua antifeminista dos infernos". Tirando a sua avó e a sua mãe -
e, em alguns casos, incluindo as duas -, parta do pressuposto de que
todas as mulheres te odeiam. Porque se elas não te odeiam agora, elas já
te odiaram ou certamente irão te odiar um dia.
Isso ocorre devido a
um treinamento que dura gerações, e que foi incutido no nosso
subconsciente. Fomos ensinadas - senão por nossas mães, pelo cinema,
pela literatura e pela televisão - que as mulheres são invejosas, que
elas vão roubar nossos homens, que elas são falsas, duas caras, vão
falar mal de todas nós pelas costas. As mulheres são condicionadas,
desde muito cedo, a desconfiar das outras mulheres, a se separar em
grupinhos na escola, a excluir e incluir de acordo com seus interesses e
necessidades.
Mulher é um ser do mal.
É por isso que eu suspeito
muito desses movimentos feministas. Aposto que no dia em que as mulheres
resolveram fazer aquele protesto e saíram por aí queimando sutiãs, do
outro lado da cidade, uma tal de Victoria fazia um desfile secreto de
lingerie. E daí surgiu a marca.